
Mesmo diante do alerta do Ministério da Saúde sobre o risco de faltar oxigênio hospitalar para o tratamento da covid-19 no Ceará devido à situação crítica de abastecimento, a White Martins, que tem fábrica no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), não estaria facilitando a distribuição de oxigênio líquido a pequenos fornecedores que prestam serviço às secretarias de saúde das prefeituras cearenses.
Segundo apurou O Otimista junto a prefeitos e fornecedores, há cerca de uma semana, as reclamações em relação ao problema só crescem. Eles informam que a denúncia já chegou à Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), que já estaria pressionando o governo estadual a cobrar medidas da White Martins. E dizem, ainda, que o governador teve reunião virtual, na manhã desta terça-feira, com um diretor da companhia, a fim de discutir o impasse.
Eles afirmam que, diante da grande demanda por oxigênio, a White Martins está priorizando a venda para grandes fornecedores, o que estaria prejudicando o abastecimento no Ceará. “Mas até os grandes estão com dificuldade. Estão comprando o produto da Messer Gases Brasil, que já está trazendo o oxigênio de estados como Bahia, Pernambuco, Maranhão e até Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul”, destaca um dos prefeitos, dizendo que, para aliviar a situação, o Governo do Ceará, que mantém contrato com a White Martins, está fazendo doações a municípios que estão em situações mais críticas.